Ao se comparar o perfil de remuneração dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) emitidos ao longo de 2012 e de 2011 nota-se um crescimento na participação das operações cujo indexador é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em termos de montante emitido, a participação das operações com este indexador subiu de 19,3% do valor consolidado das emissões de 2011 para 36,4% das emissões em 2012. Esta tendência detectada no mercado de CRI está em linha com o comportamento de mercados de outros títulos, corroborando a leitura recente de preferência crescente, por parte dos investidores, principalmente os fundos de pensão, por títulos atrelados a este índice de preços.

Segue abaixo a composição por indexador do volume de emissão de CRI em 2011 e 2012 até outubro.

Das 94 emissões de CRI realizadas neste ano até outubro, que juntas somam R$ 4,97 bilhões, 38 delas, ou o equivalente a um montante de R$ 1,81 bilhão, se referem a títulos cujas remunerações estão atreladas ao IPCA. Isto significa participações de 40,4% e 36,4% respectivamente, dependendo se o critério utilizado é o número de operações ou o montante emitido.

Das 205 emissões de CRI realizadas no ano de 2011, que juntas somam R$ 13,57 bilhões, 54 delas, ou o equivalente a um montante de R$ 2,62 bilhões, se referem a títulos cujas remunerações estão atreladas ao IPCA. Isto significa participações de 26,3% e 19,3% respectivamente, dependendo se o critério utilizado é o número de operações ou o montante emitido.

Adicionalmente, a média ponderada da taxa de juros destes títulos apresentou tendência de queda, passando de 7,3% em 2011 para 6,6% em 2012. Esta redução, desconsiderando eventuais ajustes devido à qualidade de crédito de diferentes conjuntos de CRI, reflete a maior demanda por parte dos investidores por títulos com remuneração indexada a este índice de preços e a queda do nível de juros reais na economia brasileira.

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