O agronegócio atingiu, em 2021, a maior participação setorial do Produto Interno Bruto dos últimos 15 anos, 27,4%. Em vista do tamanho do setor, é natural que ele esteja ávido por grandes volumes de recursos, seja para financiar projetos, a produção ou a expansão do negócio, seja para capital de giro. Não à toa, o montante emitido de CRAs, em 2021, atingiu o patamar recorde de R$ 25,3 bilhões. Contudo, pelo desempenho do mercado primário de CRAs até julho, podemos estar diante de um novo recorde em 2022

CRAs ganham mais espaço

De janeiro a julho de 2022, o mercado registrou emissões de CRAs que somaram R$ 20,9 bilhões,  distribuídos entre 96 operações. Comparativamente, nos 12 meses de 2021 as emissões somaram R$ 25,3 bilhões e 127 operações.

Essa comparação, entre o desempenho parcial de 2022 e o perfil total de emissões de 2021, desenha um cenário positivo para o ano atual. Com apenas sete meses computados para 2022 (58,3% do ano) o montante emitido representa 82,6% da cifra de 2021, enquanto o número de operações representa 75,6%.

Na evolução mensal, o maior destaque até agora foi o mês de junho, com 19 operações e uma captação total de R$ 1,7 bilhão.

A evolução anual do número de operações pode ser vista no gráfico abaixo: 

E a evolução anual por montante emitido pode ser vista no gráfico abaixo: 

Algo que pode ter contribuído para o volume de emissões em 2022 é o aprimoramento regulatório do mercado, especialmente com a regulamentação do CRA remunerado por variação cambial e a Resolução CVM n° 60. O leitor pode acompanhar esse desenrolar no artigo  CRA “em Dólar”, publicado aqui na Uqbar, que retrata o primeiro CRA referenciado em moeda estrangeira, um marco para este mercado de securitização. A emissão foi realizada pela Ecosec e perfez um volume de U$ 16,0 milhões. 

 

 

 

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