FIDC de fluxo futuro fica sem o fluxo no presente

Uma operação estruturada através de um Fundo de Investimento em Direito Creditório (FIDC), para o financiamento de duas usinas de álcool, rapidamente se deteriorou resultando em perda total do valor patrimonial das cotas subordinada e sênior do fundo. O lastro da estrutura era composto por direitos creditórios decorrentes da vendas futuras de álcool à BR Distribuidora. O produto, no entanto, nunca foi entregue à estatal.

Trata-se de uma operação que demorou para ser estruturada e que, quando finalmente iniciou seu processo de captação, aparentemente se perdeu na gestão do seu fluxo de caixa. O FIDC Comanche Clean Energy Mercantis (FIDC Comanche) foi registrado na CVM em 15/01/2010. O objetivo do financiamento via venda de ativos para um FIDC era dar sustentabilidade de capital de giro para duas usinas de álcool no estado de São Paulo, a Usina Canitar e a Usina Santa Anita. As duas unidades, juntamente com uma terceira na Bahia, são, através de intermediárias, 100% pertencentes à controladora Comanche Clean Energy Corporation (Comanche Corporation), com sede nas Ilhas Cayman e propriedade de vários fundos-hedge e fundos de bancos estrangeiros. As usinas tinham um passivo fiscal, com fornecedores de cana-de-açúcar e com o BicBanco, sendo que mais do que 50,0% dos recursos que as mesmas almejavam captar através do FIDC, um total de R$ 80,0 milhões, seriam direcionados para a amortização ou liquidação deste passivo.

Outro FIDC ligado ao Panamericano emite R$ 3,50 bilhões

Em março deste ano foi registrado na CVM outro FIDC ligado ao Banco Panamericano. O cedente dos direitos creditórios é o FIDC NP BP Financeiro cujo lastro são ativos do Banco Panamericano. Informações sobre o FIDC NP BP Financeiro podem ser encontradas na área de Dados do Orbis e no artigo do dia 20 de abril (“FGC se torna cotista bilionário de novo FIDC ligado ao Panamericano”).

O novo fundo é o FIDC NP Caixa BTG Pactual Multisegmentos que foi constituído sob a forma de condomínio fechado e com prazo de duração indeterminado. De acordo com o regulamento do fundo, os direitos creditórios são “..direitos e títulos representativos destes direitos, bem como o produto do recebimento de tais direitos, performados ou não, vencidos e/ou a vencer, originados de operações financeiras, de empréstimos em geral, de hipotecas, arrendamento mercantil, comerciais, imobiliárias, industriais e/ou de prestação de serviços, cujo cedente e/ou devedor está em situação de dificuldade ou cujo pagamento devido nos últimos 3 (três) anos, a qualquer momento, esteve, está atualmente, ou possa vir a estar em atraso”. Como critério de elegibilidade só há a condição de que o direito creditório tenha sido objeto de aprovação pela assembleia geral de cotistas.

Mercado de Securitização começa seu histórico de processos na CVM

Ao longo dos últimos anos, na medida que o mercado de securitização começou a ganhar corpo, começaram a aparecer as primeiras decisões do colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) referentes a eventuais multas ou processos envolvendo participantes do mercado de securitização. Somente nos últimos seis meses, foram doze decisões correspondendo a aplicações de multas decorrentes de atrasos ou não apresentação de documentos, por parte de securitizadoras, como relatórios trimestrais, fichas cadastrais, atas de assembleia e propostas de conselhos de administração.

Em termos mais relevantes, durante o último ano, chamou mais a atenção daqueles que acompanham o universo de securitização processos que envolvem Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) vinculados a dois grupos de participantes.

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Expansão do segmento de FIDC de factoring tem pausa no primeiro trimestre

O segmento de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) conhecido como o de fundos multi-cedentes multi-sacados, que vem crescendo desde 2005 e que manteve uma taxa de crescimento anual perto de 100,0% nos últimos três anos, mostrou sinais de estabilização de seu movimento de expansão no primeiro trimestre de 2011. Na verdade, desde 2008, este segmento tende a crescer apenas a partir do segundo semestre de cada ano e, de maneira particularmente forte, em cada último trimestre.

A origem deste segmento de fundos é predominantemente do setor de factoring. Motivados por vantagens fiscais e a possibilidade de alavancagem na captação de recursos, um número cada vez maior de sociedades de fomento mercantil migram suas atividades para o universo de FIDC.

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Secundário de FIDC com liquidez ainda baixa - CESP IV lidera

O mercado secundário de cotas de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) voltou a apresentar tendência de aumento de liquidez no início de 2011. Este movimento de crescimento no nível de montante negociado de cotas de FIDC ocorre depois de um encolhimento substancial das dimensões deste mercado durante o ano de 2010. De fato, os níveis de liquidez nos primeiros quatro meses de 2011 ainda são ligeiramente inferiores aos registrados no mesmo período em 2009. Em termos absolutos, o mercado secundário de cotas de FIDC ainda é diminuto, sendo bastante inferior a outros mercados.

No primeiro quadrimestre de 2011 foram R$ 379,4 milhões em cotas de FIDC negociadas no secundário com registro na CETIP. Isto se compara com R$ 240,4 milhões e R$ 404,4 milhões no mesmo período em 2010 e 2009 respectivamente. Deste total em 2011, R$ 314,1 milhões se referem a negociações que se deram após terminado o intervalo de 180 dias da data de emissão da respectiva cota. Ou seja, o restante, de R$ 65,3 milhões, provavelmente se refere a negócios vinculados a colocação no mercado primário.

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FGC se torna cotista bilionário de novo FIDC ligado ao Panamericano

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) se tornou recentemente o bilionário cotista sênior e subordinado de um novo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados (FIDC NP) que tem o Banco Panamericano como cedente. Trata-se de um investimento inicial total de R$ 3,50 bilhões nas cotas do FIDC NP BP Financeiros (BP Financeiros), sendo R$ 2,80 bilhões em cotas da classe sênior e R$ 700,0 milhões em cotas da classe subordinada. O fundo foi registrado na CVM em 15 de março deste ano. Segundo balanço financeiro mensal do FGC, em 31 março seu saldo de aplicações financeiras no BP Financeiros era de R$ 3,49 bilhões.

Como amplamente divulgado na mídia, no último trimestre do ano passado o Grupo Silvio Santos, ex-controlador do Banco Panamericano, captou junto ao FGC um total de cerca de R$ 3,80 bilhões utilizados para recapitalizar o banco, em meio a um escândalo de fraude bancária. Em seguida, o BTG Pactual assumiu o controle da instituição e o Grupo Silvio Santos se viu livre do passivo com o FGC.

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Votorantim Asset Management e J&M Investimentos lideraram rankings de gestores de FIDC de 2010

A Votorantim Asset Management (VAM) e a J&M Investimentos terminaram o ano de 2010 como líderes dos rankings de gestores de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) da Uqbar.

O ranking, cujo critério de classificação utiliza o patrimônio líquido (PL), no final de 2010, dos FIDC que entraram em operação naquele ano, foi liderado pela VAM. A gestora ganhou o mandato de três novos FIDC no ano, totalizando R$ 2,12 bilhões de PL. Na segunda posição deste ranking está a Intrag DTVM com a gestão de dois novos FIDC. Estes fundos encerraram 2010 com um total de PL de R$ 1,87 bilhão. Em seguida vem o Credit Suisse (Brasil) DTVM, com um novo fundo que somava R$ 1,42 bilhão.

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Bradesco e Paulista lideraram rankings de custodiantes de FIDC de 2010

O Banco Bradesco e o Banco Paulista terminaram o ano de 2010 como líderes dos rankings de custodiantes de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) da Uqbar.

O ranking cujo critério de classificação é o patrimônio líquido (PL) dos FIDC que entraram em operação em 2010 através da sua primeira emissão de cotas no ano foi liderado pelo Bradesco. O banco ganhou o mandato para custodiar quinze novos FIDC no ano, totalizando R$ 4,18 bilhões de PL. Na segunda posição deste ranking está o Banco Santander com a custódia de sete novos FIDC. Estes fundos encerraram 2010 com um total de PL de R$ 3,03 bilhões. Em seguida vem o Itaú Unibanco com cinco novos fundos que somavam R$ 2,43 bilhões.

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BEM e Socopa lideram rankings de administradores de FIDC em 2010

A BEM DTVM (BEM) e a Socopa terminaram o ano de 2010 como líderes dos rankings de administradores de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) da Uqbar.

O ranking cujo critério de classificação é o patrimônio líquido (PL) dos FIDC que entraram em operação em 2010 através da sua primeira emissão de cotas no ano foi liderado pela BEM que ganhou o mandato para administrar onze novos fundos no ano, totalizando R$ 2,08 bilhões de PL. Dentre as operações administradas pela BEM, o destaque fica com o FIDC Chemical VI Indústrias Petroquímicas com o PL de R$ 602,0 milhões.

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Santander e Tercon lideram rankings de estruturadores de FIDC em 2010

O Banco Santander (Brasil) e a Tercon Consultoria Empresarial terminaram o ano de 2010 como líderes dos rankings de estruturadores de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) da Uqbar.

O ranking cujo critério de classificação é o montante de cotas emitidas e que considera apenas FIDC que entraram em operação em 2010 foi liderado pelo Banco Santander (Brasil). A filial do banco espanhol estruturou três novos fundos, que emitiram conjuntamente R$ 3,53 bilhões em 2010. Dentre as operações estruturadas pelo banco, os destaques ficam com os FIDC Aberto PSA Finance Brasil I e FIDC Crédito Corporativo Brasil, primeiro e terceiro colocados respectivamente do ranking de FIDC por montante de emitido no ano de 2010.

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