A S&P atribuiu, no dia 24/10/2016, a classificação de risco AA- à 11ª série de cotas sênior do FIDC RED Multisetorial LP, correspondente a um montante de R$250,0 milhões. O fundo tem como objetivo adquirir direitos creditórios originados por participantes dos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços. A rentabilidade buscada pelas cotas analisadas é igual à taxa DI Over mais juros de 2,75% ao ano e serão amortizadas em 30 pagamentos mensais, após carência de 18 meses. Um dos fatores mais importantes apresentados no relatório elaborado pela agência foi a análise da qualidade de crédito da carteira, na qual constatou-se a adequação entre a subordinação mínima existente para as cotas, de 25%, e as estimativas de perda calculadas, considerando-se tanto a reserva mínima, que leva em conta os limites de concentração do fundo, quanto a reserva dinâmica, que é proveniente do índice de perda de cenário base (6,1%) e dos cenários de estresse assumidos. Além disso, há na estrutura um spread proporcionado por uma taxa correspondente a 170% da taxa DI Over aplicada na aquisição dos direitos creditórios. Com relação ao risco operacional, a consultora RedFactor Factoring Fomento Comercial é tida como um agente crucial no sucesso de desempenho da carteira de recebíveis, e por conta disso sofreu avaliação que resultou em risco de severidade e portabilidade altos e risco de ruptura moderado. Os critérios considerados para o risco operacional foram o histórico limitado de transferências de responsabilidade entre prestadores de serviços no mercado em relação a esse tipo de ativo; a remuneração mensal, de R$20,0 mil, incapaz de cobrir os custos estimados do FIDC; “a práticas de recebimentos de recursos na gestora e posterior transferência ao FIDC”; e fragilidades nos controles internos da consultora. Segundo a S&P, os modelos estruturais e de fluxo de caixa estão de acordo com a classificação de risco das cotas. O risco de contraparte fica por conta dos bancos Bradesco, Safra, Itaú, Banco do Brasil, BNP Paribas e Finaxis devido ao fato de serem provedores de conta bancária para a operação. Entretanto, a S&P considera a exposição do FIDC ao risco vindo desses bancos como limitada.

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