Ao final de julho de 2014 os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) registravam uma rentabilidade efetiva¹ média no ano de 3,7%. Isto se compara com uma rentabilidade efetiva média acumulada no ano até junho que havia alcançado 1,1%.

Com o movimento de recuperação, ainda bastante moderado, dos preços das cotas de FII, a rentabilidade efetiva destes títulos, que leva em conta tanto a variação de seus preços como também os rendimentos distribuídos, tem galgado pontos incrementais positivos em seu cálculo em base acumulada no ano. O mercado secundário de cotas de FII, negociado no âmbito da BM&FBovespa, interrompeu um movimento longo de queda e inverteu direção a partir do início do movimento de fechamento (redução) da curva de juros da economia, em março último.

Nestes sete primeiros meses de 2014, entre os 77 FII cujas cotas foram negociadas no período e entre os quais a média de rentabilidade efetiva acumulada foi apontada acima, quatorze deles apresentaram rentabilidades individuais acima de 10,0 %, sendo que seis destes apresentaram majoração superior a 7,0% no preço médio de suas cotas. Outros dois FII entre os de maior rentabilidade efetiva, o WM RB Capital (WMRB11B) e o RB Capital Prime Realty II – Cota Sênior (RBPD11), realizaram amortizações nesse intervalo de tempo que impactaram negativamente o preço de suas cotas respectivas de forma significativa. Contudo, o efeito do fluxo de amortização na rentabilidade efetiva destes fundos mais do que compensou o efeito da queda dos preços de suas cotas. A Tabela 1 apresenta os FII com rentabilidade efetiva acumulada em 2014 até julho superior a 10,0%, bem como as variações de preço de cota desses fundos e os ativos que estes possuem em carteira.

Tabela 1

Em relação ao final de junho, nota-se que a presença de fundos de CRI diminuiu entre os FII com maior rentabilidade efetiva acumulada. No final do primeiro semestre, cinco FII de CRI estavam entre os dez primeiros. No acumulado até julho, somente o RNDP11, o WMRB11B e o RBVO11 se mantiveram no topo. Tal alteração se explica pelo movimento de recuperação mais acentuado em alguns fundos de imóveis.

No caso dos fundos que apresentaram os menores valores de rentabilidade efetiva acumulada no ano, todos os seis que registraram números inferiores a -10,0% resultaram de variações de preço de cota inferior a -16,0%, prevalecendo o peso das variações de preço no retorno total desses títulos. Destaque para o FII Hotel Maxinvest, que por sua vez se encontra em ciclo de desinvestimento, ou seja, vem realizando amortizações ao longo do ano. Diferentemente do WMRB11B e do RBPD11, a variação negativa do preço da cota deste fundo teve impacto de maior peso do que o fluxo de amortização na rentabilidade efetiva do mesmo. A Tabela 2 apresenta os FII com rentabilidade efetiva acumulada em 2014 até julho inferior a -10,0%, bem como a variação de preço de cota desses fundos e os ativos que estes possuem em carteira.

Tabela 2

 

No final de junho de 2014, o BCFF11B, maior fundo de fundos em bolsa, já se figurava entre os fundos de menor rentabilidade efetiva no ano, na 61ª posição. Em junho, a queda do fundo no ranking se acentuou, ocupando agora a 75ª colocação, possível reflexo da tributação paga pelo ganho de capital com venda de cotas de outros FII que afetou negativamente o preço da cota de forma imediata. Para maiores detalhes, está disponível no Portal TLON o ranking completo de fundos imobiliários pelo critério de rentabilidade efetiva, tanto em relação aos últimos doze meses quanto em relação a 2014 até julho.

¹ A rentabilidade efetiva, ou rentabilidade total, resulta dos componentes de rentabilidade oriundos na distribuição de rendimentos, na amortização, e na variação de preço das cotas ocorridos no período. Do ranking são excluídos os fundos cujas cotas registraram na BM&FBOVESPA um montante negociado menor que R$ 100.000,00 ou número de negócios menos que dez, nos primeiro e último meses do período comtemplado.

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