No ano de 2012 houve um aumento substancial do montante em ofertas de cotas de Fundos de Investimento Imobiliário (FII). O movimento de crescimento vinha ocorrendo desde o último semestre de 2009, salvo uma moderada retração em 2011, e culminou no ano passado, quando um montante anual superior a R$ 14,0 bilhões foi ofertado entre ofertas primárias e secundárias.

A Figura 1 apresenta a evolução anual do montante em ofertas de cotas de FII registradas de 2008 e 2013 até o momento em bilhões de reais.



Os números registrados em 2013 até agora indicam uma reversão de tendência este ano, tal qual ocorreu em 2011. Comparando o desempenho das ofertas no primeiro semestre de 2013 - que por sua vez apresentou um montante consolidado de R$ 6,14 bilhões - com os dois semestres anteriores, nota-se uma queda de 45,1% em relação ao valor registrado no segundo semestre de 2012 (R$ 9,05 bilhões), porém um crescimento de 20,2% em relação ao primeiro semestre do ano passado (R$ 4,97 bilhões).

Analisando dados mais recentes, mais precisamente entre os dias 1º de julho e 13 de agosto desse ano, verifica-se apenas uma oferta registrada no período, correspondente à primeira emissão de cotas do FII Domo, no valor de R$ 175,0 milhões. Em contrapartida, no mesmo período de 2012 foram registradas cinco ofertas, que em conjunto somaram R$ 728,5 milhões.

A Figura 2 apresenta a evolução semestral do montante em ofertas de cotas de FII registradas (em R$ bilhões) e do número das mesmas nos últimos três semestres.



Das 21 ofertas registradas no primeiro semestre de 2013, dezenove se referem a ofertas públicas primárias. Em conjunto, as 21 ofertas somam um montante de R$ 5,97 bilhões. Desse total, foram captados R$ 3,83 bilhões até o momento, referentes a 16 ofertas já finalizadas. Duas ofertas permanecem abertas e uma, referente ao FII VIC Malls e Shoppings, foi cancelada. No segundo semestre de 2013, somente uma oferta do FII Domo foi registrada e atualmente se encontra em andamento.

Dentre as ofertas de 2013, destacaram-se a de cotas do FII TB Office (TBOF11) e a de cotas do FII Votorantim Securities II. Ambos os fundos captaram em suas ofertas, cada um, montantes superiores a R$ 1,00 bilhão.

O primeiro alcançou 100,0% de taxa de sucesso numa oferta realizada para ser negociada em bolsa num período em que a liquidez do mercado de FII estava em queda, o que potencialmente dificultava a distribuição dos títulos. Provavelmente em função disto, a cota do TBOF11, ofertada inicialmente a R$ 100,00, fechou o pregão de ontem (12/08) com preço médio de R$ 79,75.

O segundo tem como objetivo investir em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e não negocia no mercado secundário da BM&FBOVESPA. Esse fundo, assim como os seus “pares”, os FII Votorantim Securities I e Votorantim Securities III, realiza ciclos de investimento em CRI e frequentemente permuta seus ativos entre seus pares. As cotas desses FII são distribuídas internamente para clientes da própria VAM.

A Tabela 1 apresenta as cinco maiores ofertas públicas de 2013 em termos de montante ofertado, incluindo os seguintes dados: o Ticker(código de negociação do título na BM&FBOVESPA), a data de registro da oferta, o montante ofertado, o montante integralizado e a taxa de sucesso.



Os números de ofertas atualmente em análise na CVM ajudam a medir o potencial de ofertas para o segundo semestre de 2013 e, assim, indicar uma possível ascensão ou retrocesso do volume ofertado de cotas de FII em relação aos semestres anteriores. No momento, há um montante total de R$ 3,5 bilhões referente a 20 ofertas em análise na autarquia.

A mais antiga é a oferta de R$ 150,0 milhões em cotas do FII RB Capital Desenvolvimento Residencial IV, que entrou em análise no mês de outubro de 2012. A oferta mais recente é do Via Parque Shopping, no montante de R$ 42,0 milhões, em análise na CVM desde o final do último mês. Destaque para a oferta do Votorantim Securities III num montante preliminar de R$ 1,15 bilhão.

A Tabela 2 apresenta a lista de ofertas em análise na CVM, incluindo as seguintes informações: o fundo ofertante, o líder da oferta, a data de entrada em análise pela CVM, o montante preliminar da oferta.


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